
do talvez é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece,
que me mata trazendo tudo que poderia ter sido
e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase
passou ainda estuda, quem quase morreu
está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam
pelos dedos, nas chances que se perdem por
medo, nas idéias que nunca sairão do papel por
essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher
uma vida morna; ou melhor não me pergunto,
contesto. A resposta eu sei de cór, está
estampada na distância e frieza dos sorrisos, na
frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom dia”,
quase que sussurrados. Sobra covardia
e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece,
o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir
entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo,
o mar não teria ondas, os dias seriam nublados
e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira,
não aflige nem acalma,
apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas,
nem que todas as estrelas estejam ao alcance,
para as coisas que não podem ser mudadas
resta-nos somente paciência porém,
preferir a derrota prévia à dúvida da vitória
é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance;
pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio
ou economizar alma. Um romance cujo fim é
instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque,
que a rotina acomode,
que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando,
fazendo que planejando, vivendo que esperando porque,
embora quem quase morre esteja vivo,
quem quase vive já morreu.
(Autoria atribuída a Luís Fernando Veríssimo, mas que ele mesmo diz ser de Sarah Westphal Batista da Silva, em sua coluna do dia 31 de março de 2005 do jornal O Globo)
 
 




 
 
 Há os que ajudam e os que
 Há os que ajudam e os que Mesmo aquele que achamos
Mesmo aquele que achamos Mas é maravilhosa também quando
 Mas é maravilhosa também quando Não gastamos nossa energia tentando
 Não gastamos nossa energia tentando voltamos ao mapa, analisamos onde
 voltamos ao mapa, analisamos onde porque a
 porque a pois sem a verdadeira vontade tudo é inútil,
 pois sem a verdadeira vontade tudo é inútil, Quando nunca dizemos sem
 Quando nunca dizemos sem E se parecer impossível
 E se parecer impossível e calculamos o custo antes de um empreendimento.
 e calculamos o custo antes de um empreendimento. e entendemos que a dor de hoje não durará para
 e entendemos que a dor de hoje não durará para Mas, não deixa de ser maravilhosa
 Mas, não deixa de ser maravilhosa Mas é maravilhosa também quando, apesar de nos faltar
 Mas é maravilhosa também quando, apesar de nos faltar Quando entendemos que o "ser feio ou bonito" é uma
 Quando entendemos que o "ser feio ou bonito" é uma E que quando um obstáculo parecer intransponível,
 E que quando um obstáculo parecer intransponível, 
   Mas não é menos maravilhosa quando
 Mas não é menos maravilhosa quando Mas é maravilhosa também quando sabemos
 Mas é maravilhosa também quando sabemos Porque a verdade dói mas cura, e a mentira
 Porque a verdade dói mas cura, e a mentira da esperança, da fé e da humildade, pois a fé, tão
 da esperança, da fé e da humildade, pois a fé, tão Mas como é maravilhosa tambémquando amamos àqueles
 Mas como é maravilhosa tambémquando amamos àqueles 
 